Professor: João Bracco


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terça-feira, 8 de março de 2016

Mulheres de Atenas

Mulheres de Atenas (1976)

De: Chico Buarque de Hollanda

A MÚSICA E A LETRA

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos
Orgulho e raça de Atenas
Quando amadas, se perfumam
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas( Porção de cabelo, composta e penteada, caindo pela face)
Quando fustigadas não choram
Se ajoelham, pedem imploram
Mais duras penas; cadenas (correntes)

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Sofrem pros seus maridos
Poder e força de Atenas
Quando eles embarcam soldados
Elas tecem longos bordados
Mil quarentenas
E quando eles voltam, sedentos
Querem arrancar, violentos
Carícias plenas, obscenas

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Despem-se pros maridos
Bravos guerreiros de Atenas
Quando eles se entopem de vinho
Costumam buscar um carinho
De outras falenas ( Mariposas, mulheres sem marido, vida fácil)
Mas no fim da noite, aos pedaços
Quase sempre voltam pros braços
De suas pequenas, Helenas

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas:
Geram pros seus maridos
Os novos filhos de Atenas

Elas não têm gosto ou vontade
Nem defeito, nem qualidade
Têm medo apenas
Não tem sonhos, só tem presságios
O seu homem, mares, naufrágios
Lindas sirenas, morenas
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Temem por seus maridos
Heróis e amantes de Atenas

As jovens viúvas marcadas
E as gestantes abandonadas
Não fazem cenas
Vestem-se de negro, se encolhem
Se conformam e se recolhem
Às suas novenas, serenas

Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Secam por seus maridos
Orgulho e raça de Atenas






A Mesma Música com o Cantor Ney Matogrosso




ELBA RAMALHO






Sintese: 

Elas tecem longos bordados

A principal ocupação das atenienses de todas as classes sociais era usar lã para fazer tecidos. O processo, longo e trabalhoso, envolvia desde a preparação do fio até a criação de peças em teares manuais.
Os novos filhos de Atenas - Cuidar das crianças também era uma ocupação exclusivamente feminina. Até os 7 anos, meninos e meninas passavam quase todo o tempo na barra da mãe. Depois os meninos podiam estudar, enquanto as meninas continuavam em casa. Quando fustigadas não choram - As camponesas não precisavam ficar trancafiadas em casa, como ocorria com as atenienses urbanas ricas. Mas elas tinham de dar duro o ano inteiro. Uma de suas principais atividades era plantar e colher ervas, verduras e legumes. Não fazem cenas - Além de cultivar feijão, cebola, condimentos e verduras silvestres, era preciso limpar constantemente o jardim para evitar ervas daninhas. Ajoelham - As mulheres do campo também eram responsáveis pela pecuária.
Elas ordenhavam cabras e ovelhas e usavam o leite para preparar queijo e coalhada. Ocasionalmente, ainda criavam abelhas para produzir mel. Tudo isso sem reclamar. Vivem pros seus maridos - Fora o trabalho de fiar e de supervisionar o criados, as donas-de-casa de casa abastadas deixavam quase todo o trabalho para as escravas domésticas. As crianças, e às vezes até a amamentação, podiam ficar por conta das cativas.
Mulheres de Atenas é uma música brilhante de Chico Buarque. É uma música única e profunda: Chico nos pede para olharmos para nós mesmas, para refletirmos, para enfrentarmos nossa estrutura de valores e nos questionarmos se somos mulheres de Atenas. E nos pergunta: Estão vendo que é de verdade o que vocês pensam que é de mentira? A música é um pedido: Desperta mulher de Atenas! Te liberta, não te deixe secar. A letra é brilhante, a estrutura medieval é riquíssima e a melodia parece adentrar pelos poros.
Chico faz uma costura entre a Ilíada e a Odisséia, ambas de Homero, duas das maiores obras de todos os tempos. Trata especialmente de Penélope e de Helena de Tróia, dois símbolos de mulheres. Penélope, mulher de Ulisses, herói de Odisséia, como símbolo de fidelidade e dignidade frente a seu amado. Ela o espera durante os 20 anos de sua ausência.
Helena, que desperta a paixão de París, filho do Rei de Tróia, por quem é raptada deixando para trás Menelau, rei de Esparta, deu origem a guerra de Tróia e é o símbolo da beleza. Ela mantém o encanto sobre os homens, despertando o desejo deles de regressarem: “quando se entopem de vinho costumam buscar um carinho de outras falenas. Mas no fim da noite, aos pedaços, quase sempre voltam pros braços de suas pequenas Helenas”.

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domingo, 6 de março de 2016

Definições de Filósofos a.C e d.C

O que alguns filósofos dizem sobre:
O que é a Filosofia?
O pensador, de Auguste Rodin, representação
clássica de um homem imerso em pensamentos.



Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.):
“A admiração sempre foi, antes como agora, a causa pela qual os homens começaram a filosofar: a princípio, surpreendiam-se com as dificuldades mais comuns; depois, avançando passo a passo, tentavam explicar fenômenos maiores, como, por exemplo, as fases da lua, o curso do sol e dos astros e, finalmente, a formação do universo. Procurar uma explicação e admirar-se é reconhecer-se ignorante."


Epicuro (341 a . C. - 270 a . C.) 
 "Nunca se protele o filosofar quando se é jovem, nem o canse fazê-lo quando se é velho, pois que ninguém é jamais pouco maduro nem demasiado maduro para conquistar a saúde da alma. E quem diz que a hora de filosofar ainda não chegou ou já passou assemelha-se ao que diz que ainda não chegou ou já passou a hora de ser feliz."


Edmund Husserl (1859-1938): 
"O que pretendo sob o título de filosofia, como fim e campo de minhas elaborações, sei-o naturalmente. E contudo não o sei... Qual o pensador para quem, na sua vida de filósofo, a filosofia deixou de ser um enigma?"



Friedrich Nietzsche (1844-1900):
“Um filósofo: é um homem que experimenta, vê, ouve, suspeita, espera e sonha constantemente coisas extraordinárias; que é atingido pelos próprios pensamentos como se eles viessem de fora, de cima e de baixo, como por uma espécie de acontecimentos e de faíscas de que só ele pode ser alvo; que é talvez, ele próprio, uma trovoada prenhe de relâmpagos novos; um homem fatal, em torno do qual sempre tomba e rola e rebenta e se passam coisas inquietantes”. (Para além do bem e do mal)



Kant (1724-1804): 
“Não se ensina filosofia, ensina-se a filosofar”.



Ludwig Wittgenstein (1889-1951): 
"Qual o seu objetivo em filosofia? - Mostrar à mosca a saída do vidro."

Maurice Merleau-Ponty (1908-1961):
"A verdadeira filosofia é reaprender a ver o mundo."

Gilles Deleuze (1925-1996) e Félix Guattari (1930-1993):
"A filosofia é a arte de formar, de inventar, de fabricar conceitos... O filósofo é o amigo do conceito, ele é conceito em potência... Criar conceitos sempre novos é o objeto da filosofia."

Karl Jaspers (1883-1969): 
“As perguntas em filosofia são mais essenciais que as respostas e cada resposta transforma-se numa nova pergunta” (Introdução ao pensamento filosófico).

García Morente (1886-1942): 
“Para abordar a filosofia, para entrar no território da filosofia, é absolutamente indispensável uma primeira disposição de ânimo. É absolutamente indispensável que o aspirante a filósofo sinta a necessidade de levar seu estudo com uma disposição infantil. (…) Aquele para quem tudo resulta muito natural, para quem tudo resulta muito fácil de entender, para quem tudo resulta muito óbvio, nunca poderá ser filósofo”. (Fundamentos de filosofia)

(Com exceção das citações de Nietzsche, García Morente e Karl Jaspers, as demais foram transcritas conforme citadas por Sílvio Gallo em “Ética e Cidadania – Caminhos da Filosofia, p. 22)
Cicerone, Le Discussioni di Tuscolo, 2 vol. Zanichelli, Bologna, 1990.
GALLO, Silvio. Ética e Cidadania – caminhos da filosofia. São Paulo: Papirus, 2002. 
GARCIA MORENTE, Manuel. Fundamentos da Filosofia. São Paulo: Mestre Jou, 1970. 
JASPERS, Karl. Introdução ao pensamento filosófico. São Paulo, SP: Cultrix. 
Nietzsche. Para além do bem e do mal. Prelúdio a uma filosofia do futuro. São Paulo: Martin Claret, 2007. 
Adaptação do texto der Wigvan Pereira/Filosofia
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