Professor: João Bracco


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Resumo por Bimestre 1º Ano do Ensino Médio

RESUMO DE AULAS 1º ANO ENSINO MÉDIO 

1º BIMESTRE

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1. Porque estudar Filosofia?

1.1 O que é Filosofia?
Filosofia: é uma reflexão crítica a respeito do conhecimento e da ação, a partir da análise dos pressupostos do pensar e do agir.
Reflexão crítica: pensar com critérios, analisar seu processo de pensar e de agir no mundo. 
1.2 Para que serve o estudo da Filosofia?
Filosofia: é uma reflexão crítica (instrumento de trabalho) que visa auxiliar o adolescente (conhecimento e ação) no processo de formação da formação da cidadania (objetivo) 
Filosofia
• Reflexão crítica (instrumento)
• Cidadania (objetivo final) 
1.3 Etimologia da palavra Filosofia 
Etimologia: e o estudo relacionado a origem da palavra, onde ela surgiu.
A Filosofia (philosophia) é uma palavra de origem grega que significa: amigo da sabedoria.
philo= vem da palavra “philia” = amigo, amante, amor fraterno.
sophia= sabedoria.
1.4 Filósofos: Sócrates, Platão e Aristóteles 
Sócrates (469 – 399 a.C.) 
• Nasceu e morreu em Atenas.
• O ponto fundamental de sua filosofia é o autoconhecimento “conhece – te a ti mesmo”.
• Sua Filosofia se desenvolveu através do diálogo crítico dividido em duas etapas: Ironia e Maiêutica 
Ironia: Sócrates formula perguntas para seu interlocutor, fingindo ser totalmente ignorante, enfatizando a sabedoria da outra pessoa, inserindo muitas perguntas ingênuas para envolver o seu oponente em contradições sem solução. 
Maiêutica: é o parto das idéias, Sócrates faz as pessoas tirarem de dentro da sua alma a sabedoria que estava dentro de si.
• Foi condenado a morte bebendo cicuta sob a acusação de corromper a juventude e por não crer nos deuses da cidade. 
Platão (427 – 347 a.C) 
• Nasceu e morreu em Atenas
• Pertencia a uma família de aristocratas que faziam parte do processo político de Atenas.
• Conheceu Sócrates na juventude e se tornou seu discípulo, sua intenção era aprender Filosofia para utilizar na carreira política, mas depois da condenação de Sócrates a morte pela democracia ateniense acaba ficando desiludido com a política de Atenas.
• Teoria das Ideias: procura explicar como se desenvolve o processo do conhecimento no homem. Ele divide a realidade me dois pólos um chamando de mundo sensível (nosso mundo real) que é somente de aparência por isso o conhecimento neste mundo só temos opinião, observamos unicamente as imagens das idéias verdadeiras; outro pólo e o mundo das idéias, ou seja, o mundo verdadeiro real onde existem as ideias que são a realidade definitiva e a Ideia do Bem e a mais alta na hierarquia neste mundo pensado por Platão. Segundo o filósofo grego o mundo sensível é de aparência, pois ele foi plasmado por um deus artífice chamado Demiurgo que contemplou a realidade verdadeira (Mundo da Ideias) e criou a mundo sensível. 
Aristóteles (384 – 322 a.C) 
• Nasceu em Estagira (Macedônia)
• Aos 18 anos conheceu Platão e se tornou seu discípulo ao ingressar na academia platônica em Atenas.
• No ano de 335 a.C. fundou sua escola o Liceu em Atenas; como Aristóteles era estrangeiro ele não poderia utilizar qualquer estabelecimento para sua escola. Ele dava as aulas caminhando por isso seus alunos eram chamados de peripatéticos “aqueles que caminham”.
• Foi professor de Alexandre o Grande. 
SER: era concebido através dos conceitos de Ato e Potência 
• Ato: manifestação atual do Ser
• Potência: capacidade de vir a ser 
2. Introdução ao empirismo e ao criticismo
Empirismo: corrente filosófica que defende a aquisição do conhecimento através dos sentidos (experiência sensorial), temos como representante John Locke 
Criticismo: doutrina Kantiana que estuda as condições de validade e os limites do uso que podemos fazer de nossa razão. 
2.1 John Locke (1632 – 1704) 
• Filósofo inglês
• Afirmava que as ideias são formadas através da experiência dos sentidos. 
Ensaio acerca do entendimento humano (1690) 
Para John Locke a mente é um papel branco sem qualquer ideia, por isso ele questiona de onde apreendemos as matérias da razão e do conhecimento, chega a conclusão que o conhecimento nasce da experiência. 
Experiência: possibilita o conhecimento e fazemos experiência dos objetos sensíveis externos e também das operações internas da mente. 
2.2 Immanuel Kant (1724 – 1804) 
• Filósofo alemão
• Criou o criticismo para investigar as possibilidades do conhecimento (julgar e estabelecer os limites da razão) 
Crítica da Razão Pura (1781, 1787 2ªed.) 
Neste livro Kant afirma na distinção entre o conhecimento puro e o empírico que o conhecimento nasce da experiência, mas ele se questiona se existe um conhecimento independente da experiência.
Kant chega a conclusão de que existe duas formas de conhecimento: 
A. Conhecimento a posteriori: é fundado e posterior a experiência. 
B. Conhecimento a priori: é independente, anterior e distinto da experiência.

RESUMO DE AULAS

1º ANO ENSINO MÉDIO - 2º BIMESTRE

  
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1. Períodos da História da Filosofia
1.1 O que é a História da Filosofia?

História da filosofia: Introduz a Filosofia na história compreendendo a tradição, tendo objetivos e problemas próprios inserido em épocas e lugares.

1.2 Períodos da História da Filosofia
a) Filosofia Antiga: divide – se em quatro períodos (Pré – socrático, Socrático, Sistemático, Helenístico).
Sua principal característica no início se volta para a cosmologia, depois com Sócrates, Platão e Aristóteles a investigação filosófica gira em torno das questões éticas e antropológicas, e no seu final se da na relação inicial entre o cristianismo e a Filosofia.
b) Filosofia Medieval: a característica fundamental é a discussão entre a fé e a razão, ou seja, separar o que pertence a Deus e o que pertence aos homens.
c) Filosofia Moderna: preocupa – se com o homem racional e livre, as mudanças políticas e a confiança na ciência empírica.
A Igreja Católica começa a perder a hegemonia que perdurou por toda a idade média.

d) Filosofia Contemporânea: Inspira – se na Revolução Francesa e na Revolução Industrial e no processo de desumanização do homem.

2. Introdução à Filosofia da Ciência

2.1. Dedução e Indução
dedução é uma inferência em que se parte do universal para o particular. Ela é uma atividade lógica – racional (pensamento) e é somente ela que valida o conhecimento científico. A maior parte das pessoas partem do senso comum pensam que a ciência é validada pela experiência, mas é um engano terrível porque a ela é validada somente pela razão (dedução).
Por indução entende-se um método de pensamento em que se parte do particular para o universal. A indução está ligada a experiência (observação), a partir dela cria-se uma lei.
Observe os blocos de informações (A, A1, A2) e (B)
Bloco A
(1 Premissa) Todo cão tem asas e voa.
(2 Premissa) Rex é um cão.
(Conclusão) Logo, Rex tem asas e voa.
Bloco A1
(1 Premissa) Todo A é B.
(2 Premissa) Todo C é A.
(Conclusão) Logo, todo C é B
Bloco A2
(1 Premissa) Todo HOMEM (A) é MORTAL (B).
(2 Premissa) SÓCRATES (C) é HOMEM (A).
(Conclusão) Logo, SÓCRATES (C) é MORTAL (B).
Os blocos (A, A1 e A2) acima são um exemplos clássicos de deduções válidas, o que valida estas inferências é a estrutura em que se parte de uma ideia universal (todo) para uma ideia particular (Rex, que é um cão particular) aplica - se este mesmo racíocinio dedutivo aos outros exemplos A1 1 A2.
Bloco B
(1 Premissa) Alguns cães são raivosos.
(2 Premissa) Rex é um cão.
(Conclusão) Logo, todos os cães são raivosos.
O bloco B é uma indução em que os argumentos são incompletos, pois utilizam duas afirmações (premissas) particulares e tenta-se chegar a uma conclusão generalizada.

2.2. David Hume e conceito não crítico da ciência quando se usa a indução

O filósofo escocês David Hume nasceu em Edimburgo em 1711 e morreu no ano de 1776 na mesma cidade. Segundo o escocês as Ideias nascem da experiência e a mente se constitui de percepções que se dividem em: impressões que são as percepções mais vivas (experiência) como ouvir, ver, tocar... e as ideias que são recordações percepções mais fracas (lembrar do gosto do chocolate, lembrar da dor que sentiu ao quebrar a perna).

Para Hume o problema maior da indução é formular teorias a partir de experiências (observação) ao se repetir as mesmas condições tenta-se prever um acontecimento.


2.2.1. A ciência versus a indução
A ciência é uma atividade racional (dedutiva, lógica), enquanto a indução parte exclusivamente da experiência, esta pode até parecer racional, mas não ela está envolvida com os sentidos.
Ex: Não é por que eu vejo o sol nascer todos os dias, ele terá que nascer amanhã. A natureza não se submete as experiências ou a razão humana.
2.2.2. Os problemas da indução.
Ø A observação como fonte objetiva (será que vemos, sentimos, ouvimos da mesma maneira?).
Ø A relação entre teoria e experiência.
2.3. O falsificacionismo
Karl Popper(1902 – 1994) é um dos filósofos defensor desta teoria, atribuindo que o valor do conhecimento científico não vem da experiência, mas na possibilidade da teoria ser falseada (contrariada).
Para os falsificacionistas a teoria precede a experiência, por isso toda explicação é hipotética, mas é a melhor que temos para explicar tal fenômeno. Também segundo os filósofos que seguem esta corrente filosófica da ciência, a teoria deve ser falseada muitas vezes; quanto mais uma teoria pode ser falseada, melhor será. Ao ser contrariada (falseada) a teoria pode ser melhorada ou jogada fora.

2.3.1. Os critérios para uma boa teoria segundo o falsificacionismo
Para os falsificacionismos existem três critério que tornam uma teoria muito boa.
Ø A teoria tem que ser clara e precisa; quanto mais específica melhor.
Ø Deve permitir a falsificabilidade; quanto mais melhor.
Ø Deve ser ousada, para permitir o progresso científico e um aprofundamento da realidade.
As teorias que não podem ser falseadas não são boas teorias, pois não contribuem em nada no processo científico. Por exemplo: o quadrado tem quatro lados iguais (esta teoria nada acrescenta de novo a ciência), seu eu contrariar dizendo que o quadrado não tem quatro lados iguais, não estaríamos falando de um quadrado, é impossível imaginar tal absurdo.

2.4. O progresso da ciência

Para os falsificacionistas a ciência progride pela tentativa de superar a teoria. Mas para o físico americano Thomas Kuhn a ciência é uma atividade racional e humana, por isto é perpassada pelos problemas relativos à dimensão humana.


2.4.1. Pensar a ciência com base a racionalidade e os problemas humanos

Segundo Kuhn a ciência pode ser refletida seguindo uma linha que mostra o processo do desenvolvimento científico: (1) pré – ciência, (2) ciência normal, (3) crise, (4) revolução científica e (5) nova ciência normal.

Para Thomas Kuhn o conceito principal é o de paradigma que é o modelo de ciência normal. Os cientistas orientam suas pesquisas nestes modelos para preservar a verdade científica e tudo o que não se encaixa neste paradigma é considerado anomalia.

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RESUMO DE AULAS

1º ANO DO ENSINO MÉDIO - 3º BIMESTRE


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( A criação de adão, teto da capela sistina vaticano  -Michelangelo Buonarroti)

1. Introdução à Filosofia da Religião (Deus e a Razão)
1.1 Deus como causa do mundo

Vamos analisar os conceitos sobre Deus a partir de alguns filósofos.

Platão: diz que não há um deus criador de tudo, mas existe um responsável pela organização do mundo denominado por Platão de Demiurgo (Artífice) que criou o mundo material “imperfeito” ao contemplar o mundo perfeito das Ideias.

Aristóteles: Deus é o primeiro motor “tudo o que é movido é movido por alguma outra coisa”, e o primeiro motor movimenta todas as coisas e não é movido por nada. Na obra Metafísica o primeiro motor é denominado THEÓS (Deus em grego) pelo filósofo estagirita.
Plotino: Deus é uno e as coisas que emanam desta fonte não se separam dela. O mundo é parte de Deus.
Filosofia Cristã: a ideia de que o mundo emana de Deus não é fundamentada, por que Deus é puro, homogêneo e não pode ser dividido. “Ao criar Deus estava separado do mundo.”
1.2 Deus não pode ser provado pela razão
Na História da Filosofia muitos pensadores utilizaram a razão para provar a existência de Deus como Aristóteles (Primeiro Motor), São Tomás de Aquino (Inteligência Ordenadora).
Segundo o filósofo Immanuel Kant a razão é limitada em vários aspectos, sendo assim, com a razão o homem não prova a existência de Deus, mas no livro Crítica da Razão Prática o filósofo alemão diz que a racionalidade objetiva está envolvida com a vontade.
É na VONTADE livre que podemos provar a existência de Deus.
A VONTADE é a consciência moral é o DEVER que está ligado ao real e ao bem, portanto esta busca pelo bem nos leva a Deus, pois Deus é o sumo bem.

1.3 Filosofia e Religião

Filosofia e a Religião são duas elaborações que compõem a dimensão antropológica do ser humano, embora pareçam paradigmas antitéticos, ambas se completam como nos lembra o historiador do pensamento grego Werner Jaeger.

Religião e Filosofia representam elaborações do espírito humano embora com finalidades diferentes, o fim da filosofia é puramente cognoscitivo e a religião tem por finalidade a salvação escatológica.
A Filosofia relaciona-se com a religião desde sua origem entre os séculos VII e VI a.C. na Grécia Antiga. A Filosofia nasce da necessidade de responder questões sobre o mundo natural e o homem (Cosmologia, antropologia e ética) que não foram respondidas pela Religião (discurso mítico – religioso). Segundo Werner Jaeger a filosofia não contrapõem o discurso religioso, ambas tem as mesmas preocupações como justiça, virtude, relação entre o bem e o mal...
1.4 Discurso filosófico e discurso religioso 
A) Discurso filosófico: é marcado pelo questionamento sucessivo, por criticar a fundamentação sobre o saber afirmado, o método utilizado pela filosofia é racional o filósofo deve usar a razão crítica (argumentação lógico-racinal).
B) Discurso religioso: apresenta-se com uma narrativa marcada por metáforas, parábola e analogias. Também é um discurso acrítico sem fundamentação crítica.
Exemplo
O texto abaixo tem características do discurso filosófico
“ Toda a arte e toda investigação, bem como toda ação e toda a escolha, visam a um bem qualquer; e por isso foi dito, não se razão, que o bem é aquilo a que as coisas tendem. Mas entre os fins observa-se uma certa diversidade: alguns são atividades, outros são produtos distintos das atividades das quais resultam; e onde há fins distintos das ações, tais fins são, por natureza, mais excelentes do que as ultimas.
Mas como muitas são as ações, artes e ciências, muitas também são as finalidades. O fim da medicina é a saúde, o da construção naval de navios (...).
Se existe, então para as coisas, algum fim, que desejamos por si mesmo e tudo o mais é desejado por causa dele; e se nem toda coisa escolhemos visando à outra (porque se fosse assim, o processo se repetiria até o infinito, e inútil e vazio seria o nosso desejar), evidentemente tal fim deve ser o bem, ou melhor, o sumo bem.” Aristóteles, Ética a Nicômaco. São Paulo, Martin Claret. 2002. Pg 17.
Neste texto pode-se perceber a (argumentação lógico-raciona) em que o autor propõe uma tese central (busca do sumo bem) utilizando argumentos secundários (todas as coisas tem uma finalidade; a construção naval de navios) para reforçar sua teoria.
O texto abaixo tem características do discurso religioso (mítico-religioso)
“... Narciso tinha uma irmã gêmea, com quem era imensamente parecido. Os dois jovens eram muito belos. A jovem morreu; Narciso, que amava muito, sentiu uma dor enorme e, num dia em que se viu numa fonte, julgou a princípio ver a irmã, e isso consolou-o do seu desgosto. Embora soubesse perfeitamente que não era a irmã quem via, ganhou o hábito de se olhar nas fontes, para se consolar da sua perda... (Gabriel Chalita, Vivendo a Filosofia. São Paulo, Atual. 2004. Pg 22.)
Neste trecho é narrada a história de Narciso que segundo a mitologia morreu adorando a própria imagem no rio, por isso termo narcisista é usado até hoje para designar pessoas que massageiam o próprio ego.


RESUMO DE AULAS

 1º ANO ENSINO MÉDIO - 4º BIMESTRE

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1. O homem como ser político

1.2. Filosofia e Política

De acordo com a filósofa Marilena Chaui no livro Convite à filosofia diz que o termo política tem três significados relacionados.

A. Governo: As pessoas confundem governo com Estado, o governo diz respeito a programas e projetos que partem de uma parte para o todo e o Estado é o conjunto de instituições que permitem a ação do governo.
B. Atividade específica: realizada por profissionais (políticos) que pertencem a um partido e disputam o direito de governar ocupando um cargo.
C. Pejorativo: Conduta duvidosa e não muito confiável dos políticos (corrupção), esta é visão mais comum das pessoas sobre a política.

2. Filosofia Política


2.1 As várias formas de pensar o Estado

Para falar sobre as diversas formas de refletir sobre o Estado é necessário analisar o conceito de Cidade-Estado: é uma organização política baseada na cidadania, formada por homens livres (cidadãos), estrangeiros e escravos, era uma forma de organização política do mundo grego antigo.
Na Grécia a Cidade-Estado de Atenas tinha um maior destaque, pois ali imperava uma nova forma de governo a DEMOCRACIA PARTICIPATIVA, em que o homem livre (cidadão) tinha o direito de participar da vida pública defendendo seus direitos na ágora (praça) em debates com os demais cidadãos. O que diferencia a democracia do mundo antigo da democracia praticada hoje? A democracia hoje é representativa eu elejo alguém para me representar nas decisões da administração do Estado.

2.2 Platão (427-347 a.C.)
Na visão de Platão a democracia tem falhas, pois os bem-nascidos mantinham o poder e a corrupção. Sendo assim, propôs repensar a política da forma que fosse praticado a justiça.
Platão pensa o Estado de maneira organicista (como se fosse um organismo vivo “um homem gigantesco”) por isso, a cidade possui uma divisão em três classes, como o homem que também tem uma alma tripartida.

2.2.1 As partes da alma na visão platônica
Segundo o filósofo grego a alma é divida em três partes.
1. Parte racional: responsável pelo uso da razão.
Partes irracionais
2. Irascível: responsável pelos impulsos e desejos.
3. Concupiscente: responsável pelas necessidades básicas (comer, beber, dormir...)
Cada parte da alma corresponde a uma classe social na organização da cidade. E também para o filósofo ateniense cada parte da alma tem sua localização: a racional na cabeça, a irascível no tórax e a concupiscente no abdômen e partes adjacentes.

2.2.2 Organização do Estado
Para o ateniense a organização da cidade ocorre na divisão em três classes e o cidadão era direcionado para uma destas classes de acordo com educação recebida e também conforme a natureza de sua alma (racional, irascível ou concupiscente).
A divisão das classes:
1. Magistrados e governantes: seram escolhidas para seu cargo devido sua capacidade RACIONAL, eram responsáveis por governar com sabedoria.
2. Guerreiros: são encontrados entre os que tinham coragem e força (IRASCÍVEL) sua responsabilidade é proteger a cidade com fortaleza.
3. Trabalhadores ou artífices: (artesãos, comerciantes e agricultores) que estariam entre as pessoas temperantes, equilibradas que refreiam seus desejos (CONCUPISCENTE), responsáveis por prover as necessidades da cidade.
Segundo Platão cada classe seria constituída por meio da educação e não mais pelo nascimento.

3. O Leviatã de Thomas Hobbes

3.1 Thomas Hobbes (1588-1679) 
Hobbes nasceu em Westport (Inglaterra) era filho de uma família humilde e foi apoiado pelo tio, estudou na Universidade de Oxford e tornou-se preceptor de Carlos II futuro rei da Inglaterra. Era defensor ferrenho do absolutismo (poder centralizado na mão do monarca).

3.2 O Pacto Social 
Hobbes fazia parte do grupo dos filósofos contratualista (acredita que o Estado nasce de um pacto ou contrato social entre os homens).
Segundo o filósofo inglês há dois bens fundamentais para o homem: (1) a vida e sua conservação, (2) os valores são convencionais.
Para preservar a própria vida o homem cria o PACTO SOCIAL que é um acordo entre os homens para a criação do Estado, ou seja, os homens saem do ESTADO DE NATUREZA e se dirigem ao ESTADO CIVIL ao transferir seus poderes junto com outros os homens para um homem ou uma assembleia de homens para manter a paz.

3.3 O Estado de natureza
O Britânico Hobbes afirma que os homens são egoístas “homo homini lupus” “o homem é lobo do homem”, pois os homens estão em constante guerra entre si “bellum ominum contra omnes” a “guerra de todos contra todos”.
Neste estado de natureza cada homem sobrevive com medo de perder a própria vida

3.4 Como evitar a guerra de todos contra todos?
Para evitar a guerra o homem utiliza a razão para realizar a paz e manter a vida, descobrindo as leis gerais que protegem a vida (LEI NATURAL) que nascem da razão humana.

3.5 O Estado Civil
Os seres humanos pactuam entre si para viver em paz, transferindo seus direitos ao Leviatã (Estado) que é representado por um ou uma assembleia de homens.

4. O Espírito das Leis (Montesquieu 1689 – 1755)
Montesquieu foi um dos grandes teóricos do liberalismo político de sua época além de jurista, diplomata etc...

4.1 O Espírito das Leis 
• Analisa as causas da política (como funciona?).
• Através da razão cada povo cria suas leis e normas.
• Pensa vida política inspirado na ciência.

4.2 Os tipos de governo
• REPÚBLICA: poder é do povo.
• MONARQUIA: poder é do rei sob a lei.
• DESPÓTICO: a soberania esta nas mãos de uma pessoa que obedece a sua vontade.

4.3 Os três poderes 
• EXECUTIVO: (presidente, governadores e prefeitos) eles executam as leis.
• LEGISLATIVO: (senadores, deputados federais e estaduais e vereadores) eles legislam em suas câmaras criando as leis.
• JUDICIÁRIO: (magistrados) cabe a eles julgarem os processos nas varias instâncias da justiça.



5 comentários:

  1. muito bom esse conteúdo. gostei bastante.

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  2. Muito bom mesmo. Esse site deveria ser mais divulgado. parabéns para quem desenvolveu esse conteúdo.

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  3. teve ter dado uns 200 gigas de informação só com a parte resumida, imagina a parte não resumida.

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