RESUMO DE AULAS 1º ANO ENSINO MÉDIO
1º BIMESTRE
1. Porque estudar Filosofia?
1.1 O que é Filosofia?
Filosofia: é uma reflexão crítica a respeito do conhecimento e da ação, a partir da análise dos pressupostos do pensar e do agir.
Reflexão crítica: pensar com critérios, analisar seu processo de pensar e de agir no mundo.
1.2 Para que serve o estudo da Filosofia?
Filosofia: é uma reflexão crítica (instrumento de trabalho) que visa auxiliar o adolescente (conhecimento e ação) no processo de formação da formação da cidadania (objetivo)
Filosofia
• Reflexão crítica (instrumento)
• Cidadania (objetivo final)
1.3 Etimologia da palavra Filosofia
Etimologia: e o estudo relacionado a origem da palavra, onde ela surgiu.
A Filosofia (philosophia) é uma palavra de origem grega que significa: amigo da sabedoria.
philo= vem da palavra “philia” = amigo, amante, amor fraterno.
sophia= sabedoria.
1.4 Filósofos: Sócrates, Platão e Aristóteles
Sócrates (469 – 399 a.C.)
• Nasceu e morreu em Atenas.
• O ponto fundamental de sua filosofia é o autoconhecimento “conhece – te a ti mesmo”.
• Sua Filosofia se desenvolveu através do diálogo crítico dividido em duas etapas: Ironia e Maiêutica
Ironia: Sócrates formula perguntas para seu interlocutor, fingindo ser totalmente ignorante, enfatizando a sabedoria da outra pessoa, inserindo muitas perguntas ingênuas para envolver o seu oponente em contradições sem solução.
Maiêutica: é o parto das idéias, Sócrates faz as pessoas tirarem de dentro da sua alma a sabedoria que estava dentro de si.
• Foi condenado a morte bebendo cicuta sob a acusação de corromper a juventude e por não crer nos deuses da cidade.
Platão (427 – 347 a.C)
• Nasceu e morreu em Atenas
• Pertencia a uma família de aristocratas que faziam parte do processo político de Atenas.
• Conheceu Sócrates na juventude e se tornou seu discípulo, sua intenção era aprender Filosofia para utilizar na carreira política, mas depois da condenação de Sócrates a morte pela democracia ateniense acaba ficando desiludido com a política de Atenas.
• Teoria das Ideias: procura explicar como se desenvolve o processo do conhecimento no homem. Ele divide a realidade me dois pólos um chamando de mundo sensível (nosso mundo real) que é somente de aparência por isso o conhecimento neste mundo só temos opinião, observamos unicamente as imagens das idéias verdadeiras; outro pólo e o mundo das idéias, ou seja, o mundo verdadeiro real onde existem as ideias que são a realidade definitiva e a Ideia do Bem e a mais alta na hierarquia neste mundo pensado por Platão. Segundo o filósofo grego o mundo sensível é de aparência, pois ele foi plasmado por um deus artífice chamado Demiurgo que contemplou a realidade verdadeira (Mundo da Ideias) e criou a mundo sensível.
Aristóteles (384 – 322 a.C)
• Nasceu em Estagira (Macedônia)
• Aos 18 anos conheceu Platão e se tornou seu discípulo ao ingressar na academia platônica em Atenas.
• No ano de 335 a.C. fundou sua escola o Liceu em Atenas; como Aristóteles era estrangeiro ele não poderia utilizar qualquer estabelecimento para sua escola. Ele dava as aulas caminhando por isso seus alunos eram chamados de peripatéticos “aqueles que caminham”.
• Foi professor de Alexandre o Grande.
SER: era concebido através dos conceitos de Ato e Potência
• Ato: manifestação atual do Ser
• Potência: capacidade de vir a ser
2. Introdução ao empirismo e ao criticismo
Empirismo: corrente filosófica que defende a aquisição do conhecimento através dos sentidos (experiência sensorial), temos como representante John Locke
Criticismo: doutrina Kantiana que estuda as condições de validade e os limites do uso que podemos fazer de nossa razão.
2.1 John Locke (1632 – 1704)
• Filósofo inglês
• Afirmava que as ideias são formadas através da experiência dos sentidos.
Ensaio acerca do entendimento humano (1690)
Para John Locke a mente é um papel branco sem qualquer ideia, por isso ele questiona de onde apreendemos as matérias da razão e do conhecimento, chega a conclusão que o conhecimento nasce da experiência.
Experiência: possibilita o conhecimento e fazemos experiência dos objetos sensíveis externos e também das operações internas da mente.
2.2 Immanuel Kant (1724 – 1804)
• Filósofo alemão
• Criou o criticismo para investigar as possibilidades do conhecimento (julgar e estabelecer os limites da razão)
Crítica da Razão Pura (1781, 1787 2ªed.)
Neste livro Kant afirma na distinção entre o conhecimento puro e o empírico que o conhecimento nasce da experiência, mas ele se questiona se existe um conhecimento independente da experiência.
Kant chega a conclusão de que existe duas formas de conhecimento:
A. Conhecimento a posteriori: é fundado e posterior a experiência.
B. Conhecimento a priori: é independente, anterior e distinto da experiência.
RESUMO DE AULAS
1º ANO ENSINO MÉDIO - 2º BIMESTRE
1. Períodos da História da Filosofia
1.1 O que é a História da Filosofia?
História da filosofia: Introduz a Filosofia na história
compreendendo a tradição, tendo objetivos e problemas próprios inserido em
épocas e lugares.
1.2 Períodos da História da Filosofia
a) Filosofia Antiga: divide – se em quatro períodos (Pré –
socrático, Socrático, Sistemático, Helenístico).
Sua principal característica no início se volta para a cosmologia, depois com
Sócrates, Platão e Aristóteles a investigação filosófica gira em torno das
questões éticas e antropológicas, e no seu final se da na relação inicial entre
o cristianismo e a Filosofia.
b) Filosofia Medieval: a característica fundamental é a discussão
entre a fé e a razão, ou seja, separar o que pertence a Deus e o que pertence
aos homens.
c) Filosofia Moderna: preocupa – se com o homem racional e livre,
as mudanças políticas e a confiança na ciência empírica.
A Igreja Católica começa a perder a hegemonia que perdurou por toda a idade média.
d) Filosofia Contemporânea: Inspira – se na Revolução Francesa e na
Revolução Industrial e no processo de desumanização do homem.
2. Introdução à Filosofia da Ciência
2.1. Dedução e Indução
A dedução é uma inferência em que se parte do universal para o
particular. Ela é uma atividade lógica – racional (pensamento) e é somente ela
que valida o conhecimento científico. A maior parte das pessoas partem do senso
comum pensam que a ciência é validada pela experiência, mas é um engano
terrível porque a ela é validada somente pela razão (dedução).
Por indução entende-se um método de pensamento em que se parte
do particular para o universal. A indução está ligada a experiência
(observação), a partir dela cria-se uma lei.
Observe os blocos de informações (A, A1, A2) e (B)
Bloco A
(1 Premissa) Todo cão tem asas e voa.
(2 Premissa) Rex é um cão.
(Conclusão) Logo, Rex tem asas e voa.
Bloco A1
(1 Premissa) Todo A é B.
(2 Premissa) Todo C é A.
(Conclusão) Logo, todo C é B
Bloco A2
(1 Premissa) Todo HOMEM (A) é MORTAL (B).
(2 Premissa) SÓCRATES (C) é HOMEM (A).
(Conclusão) Logo, SÓCRATES (C) é MORTAL (B).
Os blocos (A, A1 e A2) acima são um exemplos clássicos de deduções válidas, o
que valida estas inferências é a estrutura em que se parte de uma ideia universal
(todo) para uma ideia particular (Rex, que é um cão particular) aplica - se
este mesmo racíocinio dedutivo aos outros exemplos A1 1 A2.
Bloco B
(1 Premissa) Alguns cães são raivosos.(2 Premissa) Rex é um cão.
(Conclusão) Logo, todos os cães são raivosos.
O bloco B é uma indução em que os argumentos são incompletos, pois utilizam duas afirmações (premissas) particulares e tenta-se chegar a uma conclusão generalizada.
2.2. David Hume e conceito não crítico da ciência quando se usa a indução
O filósofo escocês David Hume nasceu em Edimburgo em 1711 e morreu no ano de
1776 na mesma cidade. Segundo o escocês as Ideias nascem da experiência e a
mente se constitui de percepções que se dividem em: impressões que são as
percepções mais vivas (experiência) como ouvir, ver, tocar... e as ideias que
são recordações percepções mais fracas (lembrar do gosto do chocolate, lembrar
da dor que sentiu ao quebrar a perna).
Para Hume o problema maior da indução é formular teorias a partir de
experiências (observação) ao se repetir as mesmas condições tenta-se prever um
acontecimento.
2.2.1. A ciência versus a indução
A ciência é uma atividade racional (dedutiva, lógica), enquanto a indução parte
exclusivamente da experiência, esta pode até parecer racional, mas não ela está
envolvida com os sentidos.
Ex: Não é por que eu vejo o sol nascer todos os dias, ele terá que nascer
amanhã. A natureza não se submete as experiências ou a razão humana.
2.2.2. Os problemas da indução.
Ø A observação como fonte objetiva (será que vemos, sentimos, ouvimos da
mesma maneira?).
Ø A relação entre teoria e experiência.
2.3. O falsificacionismo
Karl Popper(1902 – 1994) é um dos filósofos defensor desta teoria, atribuindo
que o valor do conhecimento científico não vem da experiência, mas na
possibilidade da teoria ser falseada (contrariada).
Para os falsificacionistas a teoria precede a experiência, por isso toda
explicação é hipotética, mas é a melhor que temos para explicar tal fenômeno.
Também segundo os filósofos que seguem esta corrente filosófica da ciência, a
teoria deve ser falseada muitas vezes; quanto mais uma teoria pode ser
falseada, melhor será. Ao ser contrariada (falseada) a teoria pode ser
melhorada ou jogada fora.
2.3.1. Os critérios para uma boa teoria segundo o falsificacionismo
Para os falsificacionismos existem três critério que tornam uma teoria muito
boa.
Ø A teoria tem que ser clara e precisa; quanto mais específica melhor.
Ø Deve permitir a falsificabilidade; quanto mais melhor.
Ø Deve ser ousada, para permitir o progresso científico e um
aprofundamento da realidade.
As teorias que não podem ser falseadas não são boas teorias, pois não
contribuem em nada no processo científico. Por exemplo: o quadrado tem quatro
lados iguais (esta teoria nada acrescenta de novo a ciência), seu eu contrariar
dizendo que o quadrado não tem quatro lados iguais, não estaríamos falando de
um quadrado, é impossível imaginar tal absurdo.
2.4. O progresso da ciência
Para os falsificacionistas a ciência progride pela tentativa de superar
a teoria. Mas para o físico americano Thomas Kuhn a ciência é uma atividade
racional e humana, por isto é perpassada pelos problemas relativos à dimensão
humana.
2.4.1. Pensar a ciência com base a racionalidade e os problemas humanos
Segundo Kuhn a ciência pode ser refletida seguindo uma linha que mostra
o processo do desenvolvimento científico: (1) pré – ciência, (2) ciência
normal, (3) crise, (4) revolução científica e (5) nova ciência normal.
Para Thomas Kuhn o conceito principal é o de paradigma que é o modelo de
ciência normal. Os cientistas orientam suas pesquisas nestes modelos para
preservar a verdade científica e tudo o que não se encaixa neste paradigma é
considerado anomalia.
RESUMO DE AULAS
1º ANO DO ENSINO MÉDIO - 3º BIMESTRE
( A criação de adão, teto da capela sistina vaticano -Michelangelo Buonarroti)
1. Introdução à Filosofia da Religião (Deus e a Razão)
1.1 Deus como causa do mundo
Vamos analisar os conceitos sobre Deus a partir de alguns filósofos.
Platão: diz que não há um deus criador de tudo, mas existe um
responsável pela organização do mundo denominado por Platão de Demiurgo
(Artífice) que criou o mundo material “imperfeito” ao contemplar o mundo
perfeito das Ideias.
Aristóteles: Deus é o primeiro motor “tudo o que é movido é movido por
alguma outra coisa”, e o primeiro motor movimenta todas as coisas e não é
movido por nada. Na obra Metafísica o primeiro motor é denominado THEÓS (Deus
em grego) pelo filósofo estagirita.
Plotino: Deus é uno e as coisas que emanam desta fonte não se separam
dela. O mundo é parte de Deus.
Filosofia Cristã: a ideia de que o mundo emana de Deus não é
fundamentada, por que Deus é puro, homogêneo e não pode ser dividido. “Ao criar
Deus estava separado do mundo.”
1.2 Deus não pode ser provado pela razão
Na História da Filosofia muitos pensadores utilizaram a razão para provar a
existência de Deus como Aristóteles (Primeiro Motor), São Tomás de Aquino
(Inteligência Ordenadora).
Segundo o filósofo Immanuel Kant a razão é limitada em vários aspectos, sendo
assim, com a razão o homem não prova a existência de Deus, mas no livro Crítica
da Razão Prática o filósofo alemão diz que a racionalidade objetiva está
envolvida com a vontade.
É na VONTADE livre que podemos provar a existência de Deus.
A VONTADE é a consciência moral é o DEVER que está ligado ao real e ao bem,
portanto esta busca pelo bem nos leva a Deus, pois Deus é o sumo bem.
1.3 Filosofia e Religião
Filosofia e a Religião são duas elaborações que
compõem a dimensão antropológica do ser humano, embora pareçam paradigmas
antitéticos, ambas se completam como nos lembra o historiador do pensamento
grego Werner Jaeger.
Religião e Filosofia representam elaborações do espírito humano embora com
finalidades diferentes, o fim da filosofia é puramente cognoscitivo e a
religião tem por finalidade a salvação escatológica.
A Filosofia relaciona-se com a religião desde sua
origem entre os séculos VII e VI a.C. na Grécia Antiga. A Filosofia nasce da
necessidade de responder questões sobre o mundo natural e o homem (Cosmologia,
antropologia e ética) que não foram respondidas pela Religião (discurso mítico
– religioso). Segundo Werner Jaeger a filosofia não contrapõem o discurso
religioso, ambas tem as mesmas preocupações como justiça, virtude, relação
entre o bem e o mal...
1.4 Discurso filosófico e discurso religioso
A) Discurso filosófico: é marcado
pelo questionamento sucessivo, por criticar a fundamentação sobre o saber
afirmado, o método utilizado pela filosofia é racional o filósofo deve usar a
razão crítica (argumentação lógico-racinal).
B) Discurso religioso:
apresenta-se com uma narrativa marcada por metáforas, parábola e analogias.
Também é um discurso acrítico sem fundamentação crítica.
Exemplo
O texto abaixo tem características do discurso filosófico
“ Toda a arte e toda investigação, bem como toda ação e toda a escolha, visam a
um bem qualquer; e por isso foi dito, não se razão, que o bem é aquilo a que as
coisas tendem. Mas entre os fins observa-se uma certa diversidade: alguns são
atividades, outros são produtos distintos das atividades das quais resultam; e
onde há fins distintos das ações, tais fins são, por natureza, mais excelentes
do que as ultimas.
Mas como muitas são as ações, artes e ciências, muitas também são as
finalidades. O fim da medicina é a saúde, o da construção naval de navios
(...).
Se existe, então para as coisas, algum fim, que desejamos por si mesmo e tudo o
mais é desejado por causa dele; e se nem toda coisa escolhemos visando à outra
(porque se fosse assim, o processo se repetiria até o infinito, e inútil e
vazio seria o nosso desejar), evidentemente tal fim deve ser o bem, ou melhor,
o sumo bem.” Aristóteles, Ética a Nicômaco. São Paulo, Martin Claret. 2002. Pg
17.
Neste texto pode-se perceber a (argumentação lógico-raciona) em que o autor
propõe uma tese central (busca do sumo bem) utilizando argumentos secundários
(todas as coisas tem uma finalidade; a construção naval de navios) para
reforçar sua teoria.
O texto abaixo tem características do discurso religioso
(mítico-religioso)
“... Narciso tinha uma irmã gêmea, com quem era imensamente parecido. Os dois
jovens eram muito belos. A jovem morreu; Narciso, que amava muito, sentiu uma
dor enorme e, num dia em que se viu numa fonte, julgou a princípio ver a irmã,
e isso consolou-o do seu desgosto. Embora soubesse perfeitamente que não era a
irmã quem via, ganhou o hábito de se olhar nas fontes, para se consolar da sua
perda... (Gabriel Chalita, Vivendo a Filosofia. São Paulo, Atual. 2004. Pg 22.)
Neste trecho é narrada a história de Narciso que segundo a mitologia morreu
adorando a própria imagem no rio, por isso termo narcisista é usado até hoje
para designar pessoas que massageiam o próprio ego.
RESUMO DE AULAS
1º ANO ENSINO MÉDIO - 4º BIMESTRE
1. O homem como ser político
1.2. Filosofia e Política
De acordo com a filósofa Marilena Chaui no livro Convite à filosofia diz que o
termo política tem três significados relacionados.
A. Governo: As pessoas confundem governo com Estado, o governo diz
respeito a programas e projetos que partem de uma parte para o todo e o Estado
é o conjunto de instituições que permitem a ação do governo.
B. Atividade específica: realizada por profissionais (políticos) que
pertencem a um partido e disputam o direito de governar ocupando um cargo.
C. Pejorativo: Conduta duvidosa e não muito confiável dos políticos
(corrupção), esta é visão mais comum das pessoas sobre a política.
2. Filosofia Política
2.1 As várias formas de pensar o Estado
Para falar sobre as diversas formas de refletir sobre o Estado é necessário
analisar o conceito de Cidade-Estado: é uma organização política baseada na
cidadania, formada por homens livres (cidadãos), estrangeiros e escravos, era
uma forma de organização política do mundo grego antigo.
Na Grécia a Cidade-Estado de Atenas tinha um maior destaque, pois ali imperava
uma nova forma de governo a DEMOCRACIA PARTICIPATIVA, em que o homem livre
(cidadão) tinha o direito de participar da vida pública defendendo seus
direitos na ágora (praça) em debates com os demais cidadãos. O que diferencia a
democracia do mundo antigo da democracia praticada hoje? A democracia hoje é
representativa eu elejo alguém para me representar nas decisões da
administração do Estado.
2.2 Platão (427-347 a.C.)
Na visão de Platão a democracia tem falhas, pois os bem-nascidos mantinham o
poder e a corrupção. Sendo assim, propôs repensar a política da forma que fosse
praticado a justiça.
Platão pensa o Estado de maneira organicista (como se fosse um organismo vivo
“um homem gigantesco”) por isso, a cidade possui uma divisão em três classes,
como o homem que também tem uma alma tripartida.
2.2.1 As partes da alma na visão platônica
Segundo o filósofo grego a alma é divida em três partes.
1. Parte racional: responsável pelo uso da razão.
Partes irracionais
2. Irascível: responsável pelos impulsos e desejos.
3. Concupiscente: responsável pelas necessidades básicas (comer, beber,
dormir...)
Cada parte da alma corresponde a uma classe social na organização da cidade. E
também para o filósofo ateniense cada parte da alma tem sua localização: a
racional na cabeça, a irascível no tórax e a concupiscente no abdômen e partes
adjacentes.
2.2.2 Organização do Estado
Para o ateniense a organização da cidade ocorre na divisão em três classes e o
cidadão era direcionado para uma destas classes de acordo com educação recebida
e também conforme a natureza de sua alma (racional, irascível ou
concupiscente).
A divisão das classes:
1. Magistrados e governantes: seram escolhidas para seu
cargo devido sua capacidade RACIONAL, eram responsáveis por governar com
sabedoria.
2. Guerreiros: são encontrados entre os que tinham coragem e força
(IRASCÍVEL) sua responsabilidade é proteger a cidade com fortaleza.
3. Trabalhadores ou artífices: (artesãos, comerciantes
e agricultores) que estariam entre as pessoas temperantes, equilibradas que
refreiam seus desejos (CONCUPISCENTE), responsáveis por prover as necessidades
da cidade.
Segundo Platão cada classe seria constituída por meio da educação e não mais
pelo nascimento.
3. O Leviatã de Thomas Hobbes
3.1 Thomas Hobbes (1588-1679)
Hobbes nasceu em Westport (Inglaterra) era filho de uma família humilde e foi
apoiado pelo tio, estudou na Universidade de Oxford e tornou-se preceptor de
Carlos II futuro rei da Inglaterra. Era defensor ferrenho do absolutismo (poder
centralizado na mão do monarca).
3.2 O Pacto Social
Hobbes fazia parte do grupo dos filósofos contratualista (acredita que o Estado
nasce de um pacto ou contrato social entre os homens).
Segundo o filósofo inglês há dois bens fundamentais para o homem: (1) a vida e
sua conservação, (2) os valores são convencionais.
Para preservar a própria vida o homem cria o PACTO SOCIAL que é um acordo entre
os homens para a criação do Estado, ou seja, os homens saem do ESTADO DE
NATUREZA e se dirigem ao ESTADO CIVIL ao transferir seus poderes junto com
outros os homens para um homem ou uma assembleia de homens para manter a paz.
3.3 O Estado de natureza
O Britânico Hobbes afirma que os homens são egoístas “homo homini lupus” “o
homem é lobo do homem”, pois os homens estão em constante guerra entre si
“bellum ominum contra omnes” a “guerra de todos contra todos”.
Neste estado de natureza cada homem sobrevive com medo de perder a própria vida
3.4 Como evitar a guerra de todos contra todos?
Para evitar a guerra o homem utiliza a razão para realizar a paz e manter a
vida, descobrindo as leis gerais que protegem a vida (LEI NATURAL) que nascem
da razão humana.
3.5 O Estado Civil
Os seres humanos pactuam entre si para viver em paz, transferindo seus direitos
ao Leviatã (Estado) que é representado por um ou uma assembleia de homens.
4. O Espírito das Leis (Montesquieu 1689 – 1755)
Montesquieu foi um dos grandes teóricos do liberalismo político de sua época
além de jurista, diplomata etc...
4.1 O Espírito das Leis
• Analisa as causas da política (como funciona?).
• Através da razão cada povo cria suas leis e normas.
• Pensa vida política inspirado na ciência.
4.2 Os tipos de governo
• REPÚBLICA: poder é do povo.
• MONARQUIA: poder é do rei sob a lei.
• DESPÓTICO: a soberania esta nas mãos de uma pessoa que obedece a sua vontade.
4.3 Os três poderes
• EXECUTIVO: (presidente, governadores e prefeitos) eles executam as leis.
• LEGISLATIVO: (senadores, deputados federais e estaduais e vereadores) eles
legislam em suas câmaras criando as leis.
• JUDICIÁRIO: (magistrados) cabe a eles julgarem os processos nas varias
instâncias da justiça.
muito bom esse conteúdo. gostei bastante.
ResponderExcluirMuito bom mesmo. Esse site deveria ser mais divulgado. parabéns para quem desenvolveu esse conteúdo.
ResponderExcluirMUITO BOM. PARABÉNS
ResponderExcluirexcelente
ResponderExcluirteve ter dado uns 200 gigas de informação só com a parte resumida, imagina a parte não resumida.
ResponderExcluir