Professor: João Bracco


Atenção meus queridos alunos! Sempre naveguem pelo Blog|Site pela descrição: Páginas. Local onde encontrarão as atividades e os textos para serem trabalhados. Também existem as postagens, lembrem-se que sempre no final dos textos e postagens, estará escrito o que precisa ser realizado. Boa Sorte para todos. #ficaemcasa . Cadastrem-se em nosso sistema de informação, para receber as novas postagens pelo seu e-mail. Adicionem-se! Participem deste Blog|Site

Ironia e Maiêutica




Sócrates, que viveu no séc. IV a.C., enfrentou o relativismo moral no qual se degenerou a democracia grega, com um método simples: é preciso conhecer para se poder falar.

A democracia pressupunha umaisonomia ou igualdade entre os cidadãos, capacitando-os a exprimir suas opiniões e interesses em assembleia na construção da comunidade. Porém, um escândalo proporcionou a inquisição de Sócrates: o escândalo do lógos. Este perdeu seu vínculo com as coisas (sua consubstancialidade) e era ensinado como uma ferramenta que visa apenas a convencer o seu adversário (tese oposta).

Os sofistas, esses professores mercenários que ensinavam em troca de salários, diziam poder falar bem sobre qualquer assunto, pretendendo, pois, serem portadores de um saber universal. No entanto, a um homem não convém saber tudo (só a um deus). Era preciso, então, mostrar que os discursos desses pretensiosos homens eram discursos de ilusão, que convenciam pela emoção ou imaginação e não pela verdade.

Com isso, Sócrates criou um método que muitos confundem ainda hoje apenas com uma figura de linguagem. A ironia socrática era, antes de tudo, o método de perguntar sobre uma coisa em discussão, de delimitar um conceito e, contradizendo-o, refutá-lo. O verbo que originou a palavra (eirein) significa mesmo perguntar. Logo, não era para constranger o seu interlocutor, mas antes para purificar seu pensamento, desfazendo ilusões. Não tinha o intuito de ridicularizar, mas de fazer irromper da aporia (isto é, do impasse sobre o conceito de alguma coisa) o entendimento.
Porém, sair do estado aporético exigia que o interlocutor abandonasse os seus pré-conceitos e a relatividade das opiniões alheias que coordenavam um modo de ver e agir e passasse a pensar, a refletir por si mesmo. Esse exercício era o que ficou conhecido como maiêutica, que significa a arte de parturejar. Como sua mãe, que era parteira, Sócrates julgava ser destinado a não produzir um conhecimento, mas a parturejar as ideias provindas dos seus interlocutores, julgando de seu valor (a parteira grega era uma mulher que não podia procriar, era estéril, e por isso, dava a luz aos corpos de outra fonte, avaliando se eram belos ou não). Significa que ele, Sócrates, não tinha saber algum, apenas sabia perguntar mostrando as contradições de seus interlocutores, levando-os a produzirem um juízo segundo uma reflexão e não mais a tradição, os costumes, as opiniões alheias, etc. E quando o juízo era exprimido, cabia a Sócrates somente verificar se era um belo discurso ou se se tratava de uma ideia que deveria ser abortada (discurso falso, errôneo).

Assim, ironia e maiêutica, constituíam, por excelência, as principais formas de atuação do método dialético de Sócrates, desfazendo equívocos e deslindando nuances que permitiam a introspecção e a reflexão interna, proporcionando a criação de juízos cada vez mais fundamentados no lógos ou razão.

Por João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Um comentário:

  1. 1) Leia o texto e coloque seus comentários aqui nesse espaço.
    (Lembre-se de colocar o nome/número/série).
    2) Escolha um comentário do seu colega de sala e faça uma réplica ( O que é réplica: Substantivo Feminino: Contestação; o que se utiliza para refutar ou contestar o que foi dito ou escrito).
    Exemplo:
    1)Sua resposta.....
    Procure a resposta que irá replicar e coloque:
    2)Réplica:........

    ResponderExcluir

Faça suas Pesquisas Aqui!

ANARQUISMO

ANARQUISMO

ARTES

ARTES

CIÊNCIAS SOCIAIS & ANTROPOLOGIA

CIÊNCIAS SOCIAIS & ANTROPOLOGIA

DIREITO

DIREITO

FILOSOFIA – SÉC. XVI AO XIX

FILOSOFIA – SÉC. XVI AO XIX

FILÓSOFOS DO SÉCULO XX

FILÓSOFOS DO SÉCULO XX

GEOGRAFIA

GEOGRAFIA

HISTÓRIA

HISTÓRIA

MARXISMO & MATERIALISMO

MARXISMO & MATERIALISMO

Mundo contemporâneo

PSICOLOGIA

Para você meus alunos queridos!

Para você meus alunos queridos!
Sera?

.

.

Ética? Moral? Coisas e não pessoas?

Tipos de Memórias

Teste sua Memória

Cinema - Ice MC

Copyright © FILOSOFIA | Powered by Blog/Site
Design by João Bracco | Blogger Theme by https://dagofilosofia.blogspot.com/